De um lado o mar, de outro, montanhas. Essa era a situação da Fenícia, uma região que também não tinha muitas terras férteis. Sem outra alternativa, os fenícios lançaram-se ao mar e desenvolveram um movimentado comércio com os vizinhos. Por isso, tornaram-se os maiores navegadores do mundo antigo, espalhando seu comércio em várias regiões. Os fenícios também foram os criadores do alfabeto, essa genial invenção da história da comunicação humana. "O nosso alfabeto é primo do alfabeto fenício".
Nem tudo era belo e maravilhoso na Fenícia: as cidades da região viviam em guerra pelo controle do comércio. Além disso, uma delas, Tiro, enriqueceu por ter o principal mercado de escravos. A Fenícia era formada por cidades-Estados independentes e com governo próprio; as mais importantes foram Biblos, Sídon, Tiro e Ugarit. Atualmente essa região corresponde ao Líbano e parte da Síria.
O poder econômico e o papel social determinavam a importância de uma pessoa. Participavam do governo os ricos (comerciantes marítimos, donos de oficinas, negociantes de escravos e construtores de navios); em seguida vinha uma classe composta por pequenos proprietários e trabalhadores livres e por último os escravos e os marinheiros pobres. Sua principal atividade econômica era o comércio marítimo; exportavam os produtos de suas oficinas (metalurgia e tintura de tecidos de lã).
A INVENÇÃO DO ALFABETO - A grande contribuição cultural da Fenícia, o alfabeto, compunha-se de 22 letras, todas consoantes( mais tarde foi aperfeiçoado pelos gregos que acrescentaram as vogais). Foi criado para facilitar o registro escrito das operações comerciais. Do alfabeto grego formou-se o latino. A palavra alfabeto deriva do nome das duas primeiras letras fenícias: "alef e bet", que se tornaram, mais tarde, o alfa e o beta dos gregos.