segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Proibir a expulsão de aluno não é incentivar a indisciplina

Mais uma vez uma discussão importante e essencial é atacada por discursos simplórios, recheados de achismos e que brinda com o senso comum.
O debate sobre a proibição da expulsão ou suspensão de alunos das escolas gaúchas foi a bola da vez. O tema, que está sendo discutido pelo Conselho Estadual de Educação, órgão colegiado composto por professores, governo e comunidade escolar, saiu do debate técnico e caiu na vala comum das respostas fáceis.
A resolução, que seria votada na manhã de hoje (06) mas foi retirada de pauta, previa que não cabe à escola definir a transferência compulsória de qualquer discente, obrigando-o a deixar de estudar em determinada instituição ou a estudar em outra. 
            Em resumo. O dever da escola é ensinar. Educar é responsabilidade da família, sociedade e instituições. Punir é com a justiça.
            Os críticos da proposta dizem que isso estimularia o aluno violento, sentido-se impune, continuará praticando atos violentos. Outros, como o vice-presidente do sindicato das escolas particulares, Osvino Toillier, "Isso é uma intervenção no sistema que tira a liberdade constitucional da escola privada". Na visão dele: minha escola, minhas regras. Independente do resto do Brasil.
Na verdade a propostas não garante impunidade. Isso é um argumento falso. Ela impede a arbitrariedade. Se o aluno cometer um ato violento, a escola tem o dever de chamar o Conselho Tutelar, que encaminhará o caso ao poder judiciário, que poderá encaminhar o aluno ao cumprimento de medida socioeducativa.
            As escolas já fazem isso. Acontece que a expulsão não necessita de provas. Não necessita do contraditório, nem da defesa. Basta a vontade do diretor. É por isso que já existem casos onde alunos expulsos foram reintegrados à escola.
            Em 2012 o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou uma transferência compulsória, mudança semântica para expulsão, de um aluno da rede pública estadual. Na sentença o juiz afirmou: "optou-se pela solução mais cômoda, sem atentar para as necessidades sociais e psicológicas do estudante, que se mostrou de difícil convivência. É citado ainda que ele mora com o pai - viúvo, trabalhador boia-fria e sem estudos -, o que parece ter sido ignorado. A transferência compulsória se tornou uma expressão dissimulada para a expulsão de alunos, em geral, sem que a escola busque alternativas pedagógicas e apoio de outros órgãos para resolver a situação".
Em um artigo  publicado por Valéria Teixeira de Meiroz Grilo e  Sylvio Roberto Degasperi Kuhlmann, ambos Promotores de Justiça do Paraná, afirmam que "a punição máxima de exclusão da escola implica na criação de uma condição não autorizada por Lei, isto é, a condição de criança expulsa ou transferida compulsoriamente". Ou seja a expulsão é ilegal. 
Em outro trecho do artigo os promotores derrubam a tese de que o Estatuto da Criança e do Adolescente apenas criou direitos e não impôs deveres. Eles afirmam: "O Estatuto apenas veda o autoritarismo, mas não subtrai dos educadores, em nenhuma circunstância, a possibilidade de exercício da autoridade. Aliás, frise-se, é direito das pessoas em formação receber os limites necessários para torná-las aptas à vida em sociedade. Com estes dados, é perfeitamente compreensível o que significa desrespeito aos direitos dos alunos". 
Paradoxalmente o discurso do senso comum foi alardeado pelo grupo, e não só por ele, que adora fazer campanhas em prol da educação. O assunto rendeu páginas da Zero Hora e seus veículos satélites. Parece que para o grupo de comunicação educação é só discurso para vender jornal.







DISCIPLINA EM DEBATE

Norma  prevê que escolas do Estado não possam expulsar  alunos. :  Conselho Estadual de Educação analisa parecer que impediria afastamento como punição por indisciplina na rede pública e privada de ensino básico. (por Guilherme Justino*Atualizada em 06/08/2014)

 Um parecer em análise pelo Conselho Estadual de Educação (CEED) causa polêmica entre as entidades de ensino. Está sendo debatida uma norma que impediria as escolas de suspender, afastar ou expulsar alunos, mesmo os envolvidos em transgressões disciplinares. A proposta, que ainda é estudada e debatida pelo órgão, defende que o direito do aluno de estudar não pode ser revogado por nenhuma instituição de ensino, tanto privada quanto pública.

A norma prevê que não cabe à escola definir a transferência compulsória de qualquer discente, obrigando-o a deixar de estudar em determinada instituição ou a estudar em outra. Tal resolução seria aplicada em todos os casos, independentemente de o estudante ter histórico violento ou como infrator, dentro ou fora da escola. Caso o parecer seja aprovado, a instituição fica responsável por lidar com casos de indisciplina de outras maneiras.
Representantes do CEED acreditam que, assim, fica evidenciado o papel pedagógico das escolas. Em vez de recorrer à suspensão ou expulsão, com base em um regimento interno, caberia a todas as instituições de Ensino Fundamental Médio atuar na prevenção e solução de casos onde hoje podem ser aplicadas medidas punitivas extremas. Assim, um jovem que infrinja regras ou apresente mau comportamento em sala de aula e nas dependências da escola teria de ser tratado pela própria instituição.
— O parecer, no geral, propõe que sejam votadas todas as possibilidades de inserção do aluno dentro da escola. Em casos extremos, quando ele é considerado violento, por exemplo, não cabe à escola puni-lo, mas resolver os problemas ou encaminhar esse jovem a outras esferas, ainda que sejam a policial ou criminal — defende Berenice Cabreira da Costa, presidente da ACPM-Federação, que reúne associações de pais e mestres do ensino público no Estado.
Representantes das escolas particulares contestam a norma. O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) defende que ela tira a autonomia das escolas para aplicar medidas disciplinares. O vice-presidente do sindicato, Osvino Toillier, ressalta que a suspensão ou transferência de um aluno só é aplicada em casos extremos, que são mínimos, e argumenta que o ato punitivo também é pedagógico.
— Isso é uma intervenção no sistema que tira a liberdade constitucional da escola privada. Consideramos inadmissível, pois é preciso haver, na questão pedagógica, definição de limites disciplinares em algum lugar — afirma Toillier.
Ele demonstra especial preocupação com casos de agressão a professores e vandalismo de alunos que, mesmo transgredindo normas, permaneceriam na escola. O professor explica que, em casos extremos, as instituições de ensino básico teriam de recorrer ao Conselho Tutelar ou, caso haja violência, à polícia — transferindo as decisões para órgãos externos. Atualmente, o que se faz é conversar com a família para definir como proceder.
Conselheiros ainda estão divididos
A presidente do Conselho Estadual de Educação, Cecília Farias, acredita que a norma faria sobressair a função pedagógica de quem ensina. Ela explica que não há uma posição definitiva no órgão, e que a polêmica tem dividido os representantes. Cecília defende que a escola não pode ser uma instituição punitiva, mas deve investir na solução dos problemas dos alunos para mantê-los na escola.
— Esperamos que a escola trabalhe esse estudante que hoje pode ser expulso, e que isso não fique só por conta do professor, como tem acontecido. É necessário promover todo um trabalho com os pais e, se necessário, também chamar outros profissionais, que possam auxiliar para transformá-lo — avalia Cecília, que também é diretora do Sinpro/RS.
A proposta surgiu a partir de um questionamento do Ministério Público ao Conselho, perguntando se a transferência compulsória de alunos pode mesmo ser uma prerrogativa das escolas. A discordância sobre o assunto dentro do órgão, principalmente a respeito da possibilidade de punir alunos, tem adiado a votação das normas há mais de um ano.
O que diz a norma
Caso o estudante transgrida normas disciplinares, deverá haver acordo entre ele, seus pais e a escola sobre como proceder.
Psicólogos e especialistas em educação terão de ser acionados para avaliar e resolver problemas no comportamento dos alunos
A suspensão ou expulsão do estudante, ainda que hoje somente aplicada em casos extremos, passa a não ser mais tolerada.
A proposta ainda não é definitiva e será rediscutida na quarta-feira(06/08/2014)

Repensar e mudar
Na visão da psicóloga e doutora em Educação, Suzana Feldens Schwertner, punir com expulsão ou afastamento não dá ao aluno indisciplinado a oportunidade de repensar, rever e mudar seu comportamento. “Trata-se, muitas vezes, apenas de uma transferência de responsabilidade”, considera. 
            Para ela, o afastamento não surte efeito se o acontecimento que levou à punição não for debatido e pensado em  conjunto pelos alunos, professores, pais, responsáveis e pela comunidade escolar. “Orientação é sempre a melhor saída, quando não é a única. Nosso papel, como adultos, é o de sermos mediadores e sustentarmos um lugar de escuta e de atenção aos estudantes, com toda a carga que eles trazem para a escola hoje.”
            Psicólogo e psicoterapeuta, Gustavo Wickert também não vê a expulsão de alunos como um recurso pedagógico. “A única coisa que um adolescente aprende ao ser expulso de uma escola é que ele não é desejado.” Estudantes que chegam ao extremo de serem recusados por uma escola, enfatiza o psicólogo, também passaram por um longo processo de rejeição que teve início nas relações familiares.
            Ele acredita que a norma debatida pelo Conselho vai ao encontro dos esforços por uma escola mais inclusiva e humana. “Se uma criança ou um adolescente é agressivo, precisamos, urgentemente, evitar que essa agressividade se perpetue. O segundo passo é sinalizar a esse aluno que existem outras formas de se expressar”, pondera.
As causas da indisciplina
Psicóloga e doutora em Educação, Suzana Feldens Schwertner, aponta uma série de causas que podem levar à indisciplina no âmbito educacional. Dentre eles, a desvalorização do papel dos professores – por pais, alunos e, até mesmo, por colegas de profissão. Ela também observa que os estudantes são desmerecidos naquilo que conhecem e que trazem como experiência de vida. 
            Suzana menciona, ainda, o descaso dos órgãos públicos com a estrutura e os investimentos na escola, além da falta de espaço e tempo para a produção de outras formas de ensinar e aprender, que levem em conta todos os participantes do processo de educação. “A escola, muitas vezes, acaba sendo o único espaço de expressão e de proteção para uma infinidade de estudantes e primeiro lugar de aprendizagem no que tange às regras.”
            O psicólogo e psicoterapeuta Gustavo Wickert atende crianças de escolas das redes estadual, municipal e particular, além de atuar no treinamento de professores de escolas municipais. Ele explica que crianças e adolescentes comunicam o que sentem por meio de seus atos. “Eles reagem ao que lhes é ensinado, aprendem e reproduzem o que aprendem.” No entendimento de Wickert, compreender esse comportamento implica levar em conta o contexto no qual as crianças e adolescentes estão inseridos.
O que muda?
            Se a norma for aprovada, a presidente do Conselho Estadual de Educação (CEED), Cecília Maria Martins Farias, explica que os professores não precisarão passar por qualquer tipo de treinamento para lidarem com a indisciplina dos discentes. “Na verdade, essa tarefa já é desempenhada pela escola. Estamos insistindo para que a disposição de se trabalhar com esse tipo de aluno seja recuperada”, ressalta.

            Segundo a coordenadora regional de Educação, Marisa Bastos, as escolas públicas estaduais da 3ª Coordenadoria Regional já seguem essa linha de trabalho. “Está na legislação e no nosso plano político-pedagógico”, relata. Ela destaca que as normas escolares devem ser discutidas e elaboradas com a participação de todos os segmentos escolares e estar em consonância com a legislação – o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
            “Recuperar e incluir o aluno indisciplinado é e sempre será o objetivo da escola, seja pública ou privada”, salienta Marisa. Ela chama a atenção para o fato de que um estudante pode ficar afastado – “por um ou dois dias, dependendo do caso, para assegurar a organização disciplinar da escola” –, mas que sempre lhe será concedido o direito de recuperar o conteúdo que perdeu.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Desafio para o Cérebro! Não deixe de ler..De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea,não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso,a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa.

terça-feira, 20 de março de 2012

TIROU ZERO SEM RESPONDER NADA ERRADO:

1 – Em que guerra Napoleão morreu? Na última em que ele lutou

2 – Onde Foi assinado o Tratado de Tordesilhas? No final da folha.

3 – Em qual estado corre o rio São Francisco? No estado líquido.

4 – Qual a principal razão do divórcio? O casamento.

5 –Qual o principal motivo dos erros? As provas.

6 – O que nunca se come no café-da-manhã? O almoço e o jantar.

7 – Com o que parece a metade de uma maçã? Com a outra metade.

8 – Se você jogar uma pedra vermelha em um lago azul, como ela fica? Molhada.

9 – Como um homem consegue ficar 8 dias sem dormir? Sem problemas, ele dorme á noite.

10 – Como fazer para levantar um elefante com uma só mão? Você nunca encontrará um elefante que só tenha uma mão.

11 – Se você tiver 3 maçãs e 4 laranjas em uma mão e, 4 maçãs e 3 laranjas na outra, o que você terá? Mãos enormes.

12 – Se 8 homens levam 10 horas para construir uma parede, quanto tempo levariam 4 homens para construí-la? Tempo algum, a parede já foi construída.

13 – Como você faria para derrubar um ovo cru em um piso de concreto, sem quebra-lo? Da maneira que quiser, pisos de concreto são muito difíceis de se quebrar.

domingo, 10 de julho de 2011

FENÍCIOS - OS MERCADORES DA ANTIGUIDADE E A CRIAÇÃO DO ALFABETO

De um lado o mar, de outro, montanhas. Essa era a situação da Fenícia, uma região que também não tinha muitas terras férteis. Sem outra alternativa, os fenícios lançaram-se ao mar e desenvolveram um movimentado comércio com os vizinhos. Por isso, tornaram-se os maiores navegadores do mundo antigo, espalhando seu comércio em várias regiões. Os fenícios também foram os criadores do alfabeto, essa genial invenção da história da comunicação humana. "O nosso alfabeto é primo do alfabeto fenício".

Nem tudo era belo e maravilhoso na Fenícia: as cidades da região viviam em guerra pelo controle do comércio. Além disso, uma delas, Tiro, enriqueceu por ter o principal mercado de escravos. A Fenícia era formada por cidades-Estados independentes e com governo próprio; as mais importantes foram Biblos, Sídon, Tiro e Ugarit. Atualmente essa região corresponde ao Líbano e parte da Síria.

O poder econômico e o papel social determinavam a importância de uma pessoa. Participavam do governo os ricos (comerciantes marítimos, donos de oficinas, negociantes de escravos e construtores de navios); em seguida vinha uma classe composta por pequenos proprietários e trabalhadores livres e por último os escravos e os marinheiros pobres. Sua principal atividade econômica era o comércio marítimo; exportavam os produtos de suas oficinas (metalurgia e tintura de tecidos de lã).

A INVENÇÃO DO ALFABETO - A grande contribuição cultural da Fenícia, o alfabeto, compunha-se de 22 letras, todas consoantes( mais tarde foi aperfeiçoado pelos gregos que acrescentaram as vogais). Foi criado para facilitar o registro escrito das operações comerciais. Do alfabeto grego formou-se o latino. A palavra alfabeto deriva do nome das duas primeiras letras fenícias: "alef e bet", que se tornaram, mais tarde, o alfa e o beta dos gregos.





























segunda-feira, 6 de junho de 2011

O professor de História e as novas tecnologias

Com a revolução da prensa gráfica na Europa em aproximadamente 1450 os meios de comunicação têm contribuído com drásticas mudanças assumindo assim um papel importante no imaginário popular.


O termo imprensa deriva da prensa móvel, processo gráfico aperfeiçoado por Johannes Guttenberg no século XV e que, a partir do século XVIII, foi usado para imprimir jornais, então os únicos veículos jornalísticos existentes. De meados do século XX em diante, os jornais passaram a ser também radiodifundidos e teledifundidos (radiojornal e telejornal) e, com o advento da World Wide Web, vieram também os jornais online, ou ciberjornais, ou webjornais. O termo "imprensa", contudo, foi mantido.

A impressão tipográfica, no entanto, ainda tem o seu espaço garantido nos dias informatizados de hoje. Parece contraditório, mas no mundo inteiro cresce o número de artistas interessados em resgatar e preservar essa antiga tecnologia. Estamos de certa forma testemunhando o fim da “Era da Impressão”. O computador está ai, e não podemos ignorá-lo. Como instrumento de comunicação é certamente mais rápido eficiente e barato do que o livro. Mas quem lê, conhece o prazer de segurar um volume nas mãos. Sabe que o livro tem cheiro, sabor e textura, por isso é um companheiro insubstituível.

A Imprensa no Brasil – O primeiro jornal brasileiro surgiu mais de três séculos depois do seu descobrimento, mesmo assim a história da nossa imprensa é cheia de episódios originais e outros arbitrários. Como as sucessivas prisões de Cipriano Barata, tantas quantas foram às vezes que seu jornal saísse á rua, ou o estranho método do Diário do Rio de Janeiro, publicava somente o que a população escrevia e depositava nas caixas espalhadas pela cidade, sendo recebidas até às 16h, pois às 20h o jornal aparecia impresso.

Estamos vivendo numa era em que a mídia faz parte de nossas vidas. A cultura midiática tem a ver com uma visão de mundo especifica com valores e comportamentos, com absorção de padrões de gosto e de consumo, com internalização de imagens de felicidades e promessas de realização pessoal e profissional, produzidas e disseminadas no capitalismo cujos principais agentes são os conglomerados de comunicação e de entretenimento por meio da publicidade.

O surgimento e desenvolvimento dos meios de comunicação podem ser considerados uma das características essenciais da cultura Ocidental e uma dimensão marcante para sociedade atual. Para poder entender a influência da modernidade no meio social e no cotidiano deve-se fazer uma analise das condições criadas pelos meios de comunicação em especial na educação.“A maioria absoluta da população brasileira é desde a infância socializada pelo chamado sistema midiático-cultural apontando para a função pedagógica da mesma como grande socializadora da massa e da infância. Muito antes das crianças serem alfabetizadas pela escola ou até mesmo falar elas já são condicionadas pelas mídias em especial a TV por ser um dos meios de comunicação de maior penetração no mundo atual sendo o instrumento que por excelência atinge um publico numerosíssimo. Por meio do marketing e da publicidade influenciam a ter como “naturais” na percepção da realidade seus ícones como a coca-cola, o Mcdonalds, Disney e Xuxa. Através deste aparato gigantesco de socialização de uma sociedade que estimula o permanente e intenso consumo de bens e serviços vinculados pelos grupos empresariais tanto nacionais quanto internacionais que atuam com forte influência no cotidiano da sociedade.”

Em nossa sociedade é comum a circulação e a criação de símbolos pela mídia, que são muito importantes na vida das pessoas. Desde cedo fomos influenciados pelo jornal, rádio, cinema e televisão; mesmo antes que a educação se firmasse junto a população. “O contato cada vez maior com os meios de comunicação de massa como a televisão, o rádio, o jornal, os vídeo games, o computador e as redes de comunicação mudam de forma significativa a maneira de conceber a aprendizagem sendo que a maior parte dela ocorre fora de sala de aula. O maior contato dos alunos com os meios de comunicação tem de ser levada em conta na construção das novas formas didático-metodológicas. A importância das novas tecnologias de informação e comunicação enquanto ferramentas de apoio ao ensino e a sua incorporação em sala de aula resgatam uma perspectiva crítico-dialético sempre em construção colocando professores e alunos como sujeitos do próprio processo que torna o ato do ensino-aprendizagem mais interessante e criativo, incorporando os temas e as inovações tecnológicas com que os alunos lidam no seu dia-a-dia. É possível considerar que o imaginário midiático já se faz presente há muito tempo no cotidiano familiar dos segmentos sociais brasileiro, com maior influência nos segmentos com baixa escolaridade.”

As mudanças que estão ocorrendo em nossa sociedade tecnológica são muito rápidas, o que aprendemos no primeiro ano da faculdade, ao final já está ultrapassado. Temos que correr atrás das novidades para poder acompanhar essas mudanças. No estudo da História, essas mudanças sempre ocorrer, mas não de maneira tão rápida, estamos sempre atrasados em relação as tecnologias.

As novas tecnologias encabeçadas pelo computador, estão trazendo um grande temor para a sociedade pois muitas pessoas estão perdendo seus empregos pelas máquinas. Mas e nas escolas, como ela está sendo utilizada, qual seu verdadeiro papel?

Willian Spengler nos escreve na revista virtual P@rtes: “ Nesta perspectiva, o ensino da História deve estar atento para as mudanças advindas dessa nova realidade, possibilitando ao educando ser capaz de compreender, de ser crítico, de poder ler o que se passa no mundo, qualificando-o para ser, dentro deste processo, um cidadão pleno, consciente e preparado para as novas relações trabalhistas. Para que isto aconteça, a atividade de ensinar deve estar em sintonia com o nosso tempo.”

Ele continua: ““Oxigenar” a prática docente. Talvez seja esse o grande triunfo das novas tecnologias que se apresentam à educação. Entre elas, destaca-se o papel desenvolvido pela Educação à Distância. Contrariando os tradicionais modelos de transmissão do saber – que ainda insistem em se autodenominar “modernos” – os novos modelos – dos quais a Educação à Distância faz parte – tendem a ser se firmar como abordagens mais democráticas, flexíveis e dialéticas. O que ocasiona, portanto, um rompimento do monopólio do saber escolástico, acadêmico e formal, ou seja, a escola não é mais a detentora absoluta do saber, bem como o professor deixa de ser o único baluarte máximo do conhecimento humano.”

Temos que estar atentos a essas novas formas de ensinar e aprender, pois a sociedade precisa e exige uma postura mais séria dos educadores. Não somente as universidades, como as escolas em geral estão caminhando para a Educação à Distância. As escolas não exatamente como um curso à Distância, mas atividades ou partes das aulas serem trabalhadas dessa forma, onde o aluno busca de sua casa as orientações e trabalha, sem a presença do professor no momento, que será um mediador nesse momento.

O professor deve estar preparado ou estar sendo preparado para essa mudança que não temos mais como adiar. Nossos alunos exigem uma nova postura dos professores e da escola. No Ensino Fundamental e Médio, é claro que a parte presencial é muito importante e não pode desaparecer, pois os alunos estão formando sua personalidade e precisam desse convívio. Também a maioria não está ainda no mercado de trabalho e tem o tempo necessário par essa integração.

O ensino de História não pode ficar distante dessa modificação, mesmo sendo o estudo do passado, temos que levar os nossos alunos nessa viagem ao passado mas dentro desse mundo globalizado e tecnológico, tornando assim a disciplina prazerosa e desafiante. Quando o aluno se torna responsável pelo seu aprendizado, faz tudo com dedicação e entusiasmo e as tecnologias nos permitem isso.

Heródoto, considerado “O Pai da História”, nos dizia que os fatos acontecidos deveriam ser repassados as gerações futuras para que não ocorressem os mesmos erros. Ele em nenhum momento se deixou dobrar pelas dificuldades. O nosso grego, percebeu que os fatos eram repassados oralmente e cada pessoa fazia a sua versão dos mesmos. Ao se dar conta disso, toma algumas precauções: em vez do definitivo "aconteceu assim", prefere o mais cuidadoso "como me foi dito". A ressalva faz toda diferença. "Num sentido ideal, jamais lidaremos com uma história real - ela é sempre recontada, fantasiada, forjada e criada". É bem possível que essa verdade seja a maior descoberta de Heródoto.

O professor de História deve desde cedo ser um Heródoto e levar seus alunos a criarem também a sua versão para os fatos, claro que respeitando a essência dos acontecimentos. O estudo da história é maravilhoso e em termos de tecnologias somos privilegiados frente às outras disciplinas. Quem nunca assistiu um filme retratando um período histórico. O cinema trabalha muito sobre assuntos ou fases da História, é só saber utilizar bem esse filme que o conteúdo será entendido e não decorado.

Cada aluno poderá perceber como esse cotidiano é um espaço de múltiplos projetos, lutas e disputas entre os homens. Estaremos, portanto, falando de um ensino não mais ligado aos grandes acontecimentos, nomes, datas e heróis, mas sim de um ensino onde seja considerado o homem no seu dia a dia, criando, dessa forma, condições para o educando se situar na história como um agente construtor do processo histórico.

Ivania.

sábado, 9 de abril de 2011

DESIDERATA

Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.Tanto quanto possível, sem humilhar-se mantenha-se em bons termos com todas as pessoas. Fale sua verdade mansa e claramente, e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, pois eles também tem sua própria história. Evite as pessoas escandalosas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.

Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém superior e alguém inferior a você!

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui, e mesmo se você não puder perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino!!!

Desfrute de suas realizações, bem como seus planos. Mantenha-se interessado em sua carreira, ainda que humilde, pois ela é um ganho real na fortuna cambiante do tempo. Tenha cautela nos negócios, pois o mundo está cheio de astúcia, mas não se torne um cético, porque a virtude existirá sempre: muita gente luta por altos ideais, em toda parte a vida está cheia de heroísmo.

Seja você mesmo. Principalmente não simule afeições, nem seja descrente no amor, porque mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva. Aceite com carinho os conselhos dos mais velhos e seja compreensivo aos arroubos inovadores da juventude.

Alimente a força do espírito que o protegerá no infortúnio inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão; e a despeito de uma disciplina rigorosa, seja gentil consigo mesmo. Portanto esteja em paz com Deus, como quer que você O conceba. E quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na fatigante confusão da vida, mantenha-se em paz com sua própria alma.

Apesar de todas as falsidades, fadigas e desencantos, o mundo ainda é bonito! Seja prudente e faça tudo para ser feliz!

Você é filho do Universo, irmão das estrelas e árvores. Você merece estar aqui, e mesmo se você não puder perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino!!!

(Antiga inscrição, datada de 1684, descoberta em uma igreja de Baltimore, USA)"

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Papel do Professor na Era Digital e o Ensino de História

As atividades realizadas pelo professor sempre foram muito importantes, não seria agora na era digital que desapareceria, pois máquina alguma poderá substituir esse trabalho maravilhoso desenvolvido junto aos alunos. Em sua trajetória, o homem foi responsável pela criação da tecnologia, se aperfeiçoou e buscou soluções para facilitar as tarefas do seu dia e a comunicação com os outros, nunca estivemos tão próximos e tão distantes da perfeição. Cabe ao bom professor preparar-se para essa nova era, seus alunos já estão usufruindo dessa tecnologia, prontos para trocar informações e conhecimentos. As aulas de História ficam muito mais atrativas com a utilização das tecnologias que hoje fazem parte das nossas vidas.
Como os professores estão preparados para receber os alunos, que a cada dia estão chegando nas escolas com mil novidades? Hoje quando nos chegam as crianças para aprender a ler, escrever e contar, já não são analfabetos quantos as tecnologias, pois em suas casas já dominam vários aparelhos que muitas vezes os professores nem conhecem. Através da revisão de literatura, percebemos que somente através do planejamento de formação dos professores para o uso das mídias, conseguiremos acompanhar esses alunos e fazer um bom trabalho.

O professor não está preparado para essa mudança e sente-se inseguro, pois não foram preparados para atuar com as TIC que estão c presentes na educação, não podemos fechar as portas das escolas para elas. Ser professor hoje, é diferente pois precisamos interagir com nossos alunos, trocar experiências e saberes, pois eles têm acesso a vários meios de informações e poderão encontrar tudo o que precisam utilizando as tecnologias.

O componente curricular História sempre foi encarado como teoria a ser decorada, com datas e personagens. Agora temos muitas possibilidades para que possa ser compreendida e admirada. Como aproveitar essas possibilidades, é o grande desafio. Precisamos nos preparar para receber o novo aluno e as tecnologias que já estão sendo usadas em todos os setores da sociedade.


As Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC, caracterizam o surgimento de uma nova era, chamada de “era digital”. O professor desse século deve ser um orientador pois, educar em ambientes virtuais exige do docente conhecimento, domínio e dedicação.

As Novas Tecnologias e o Ensino de História: O ensino de História não pode ficar distante das modificações impostas pelas TIC, mesmo sendo esta ciência o estudo do passado, temos que levar os nossos alunos nessa viagem tornando assim a disciplina prazerosa e desafiante. Quando o aluno se torna responsável pelo seu aprendizado, faz tudo com dedicação e entusiasmo e as tecnologias facilitam isso.

Trabalhar com música é muito interessante, temos várias letras destacando partes da história. O cinema sempre foi muito bom para os professores de História, poderíamos trabalhar a maioria dos assuntos somente através de filmes. A televisão nos possibilita várias formas de atividades, desde uma novela, telejornal, documentários e até mesmo as propagandas. Tudo é uma questão de interpretação, estamos utilizando as TIC em sala de aula sim, só quando falamos em tecnologia logo pensamos no computador e internet, mas precisamos saber utilizar também essas que estão ao nosso alcance e muitas vezes desprezadas ou mal utilizadas.

Temos que nos inserir nesse mundo fantástico e acompanhar as modificações, mesclando muito sonho com a realidade, temos que entrar na história para poder dar vida a ela.

As Tecnologias da Informação e da Comunicação devem ser interpretadas com o conhecimento pedagógico de todos os componentes curriculares, para desenvolver as competências dos estudantes e os professores devem estar preparados. São nossos alunos que trocarão saberes conosco, no novo mundo em que as TIC fazem parte de suas vidas. O uso do computador nas escolas é muito importante pois traz inúmeras possibilidades, a internet com um grande número de ferramentas e sites que auxiliam o aluno e os professores em seu trabalho. Será mais um fato a ser registrado pela História: a Era Digital.

Ivania.