domingo, 15 de agosto de 2010

Especialização: Tecnologias em Educação, Informática e Sociedade.

Especialização: Tecnologias em Educação, Informática e Sociedade.







Documento-síntese






Pensar na postura do educador do século XXI diante do cenário de um mundo globalizado é repensar em novos paradigmas para a educação que deverão atender às demandas de formação do indivíduo para atuar nesta sociedade.


A escola deve preparar o aluno para as diversidades da vida através de uma educação global que desenvolva, além do conhecimento formal, a sensibilidade, através da arte. É necessário, também, que este aluno seja instigado a tomar decisões a fim de esteja preparado para os imprevistos da vida.


Edgar Morin, propôs que a educação do futuro, deve levar em conta os 7 saberes que são: o conhecimento, o conhecimento pertinente, a identidade humana, a compreensão humana, a incerteza, a condição planetária e a antropo-ética, que no seu ponto de vista estes são os sete buracos negros da educação, completamente ignorados, subestimados ou fragmentados nos programas educativos, em cada nível escolar.


A educação deve transmitir saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva. Não basta acumular conhecimentos durante a vida, e sim, sempre enriquecer seus conhecimentos e se adaptar ás mudanças do mundo. Os quatro Pilares do conhecimento são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser (Jacques Delors).


É fundamental a análise do conjunto de aspectos que envolvem o sistema educacional através da proposição de ações e estratégias que fortaleçam o papel do professor na formação do aluno para este mundo complexo.






No âmbito Nacional, Estadual, Municipal e Instituições de Ensino Superior






1 - Mapeamento das reais demandas dos estados e dos municípios, no que se refere à formação inicial e continuada dos profissionais de educação


2 - Organização do currículo priorizando o desenvolvimento de habilidades, de competências e a formação de conceitos. Para que isso se efetive, é necessário que os professores trabalhem com seus alunos numa perspectiva de resolução de problemas, no desenvolvimento de projetos, ultrapassando o nível da simples informação para a construção do conhecimento. Essa política tem que perpassar todas as instituições, pois de nada adianta reformular todo o ensino básico se os vestibulares, concursos ou provas seletivas para admissão em empresas estão ainda focados numa educação bancária.


3 - Reformulação dos currículos dos cursos de formação de professores com disciplinas que priorizem a interdisciplinaridade, a interação teoria e prática, a ética profissional, a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais e o uso das TICs.


4 - Fortalecer o diálogo e as relações entre a universidade, nos cursos de licenciaturas, e as escolas, minimizando as distâncias e se aproximando das reais necessidades da comunidade escolar e processos de aprendizagem. Buscando parcerias para formação e aperfeiçoamento de professores.


5 - Modificar concursos públicos para que a admissão seja para 40 horas na mesma escola.


6 - Exigência de participação em cursos de atualização durante a vida profissional, oportunizando mais tempo de estudos e planejamento na escola, durante o horário de trabalho.


7 - Revisar a possibilidade de diminuição do número de alunos por turma.


8 - Revisão das concepções epistemológicas e metodológicas que perpassam pelos cursos de formação de professores. O professor deve vivenciar na sua formação as situações de aprendizagem que seriam ideais para seus alunos.


9 - Criação de um plano de carreira eficiente para o magistério, valorizando o profissional que busca o aperfeiçoamento e o traz para sua prática.


10 - Criar mecanismos eficientes de avaliação de desempenho do professor e do desenvolvimento do aluno. Os resultados das mesmas devem servir de parâmetro para o plano de ação das secretarias.


11 - Inclusão, nos cursos de formação, de disciplinas que abordem questões relacionadas à neurociência, auxiliando o professor no entendimento dos mecanismos cerebrais que interferem na aprendizagem do ser humano.


12 - Investimento e potencialização do uso da TICs nas escolas a fim de que elas possam fazer a diferença na aprendizagem dos alunos e não servir apenas de mero entretenimento.


13 - Programas de incentivo a atualização do professor, como por exemplo: facilidades de financiamento e descontos para aquisição de computadores (de qualidade) e aplicativos, criação da biblioteca do professor, com livros que são leitura obrigatória, Fornecendo esses livros ou editando-os preços mais acessíveis; implementação de uma rede de apoio psicológico ao professor, envolvendo profissionais da área da saúde.


14 - Oferecimento de salário digno aos trabalhadores da educação.


15 - Reestruturação e reformas nas escolas, oferecendo um ambiente seguro, agradável, amplo, propício ao desenvolvimento do processo educacional e a interação continua do professor e do aluno.


16 - Valorizar o professor e demais profissionais da educação em seu caráter político e social, tornando-os, efetivamente, elementos fundamentais para a sociedade.


17 - Disponibilização de um quadro funcional completo nas escolas para que atenda às reais necessidades da instituição.


18 - Criação de mecanismos que estimulem não só o ingresso, mas, principalmente, a permanência dos professores nos cursos de EAD.






No âmbito escolar






1 - Incentivo e viabilização do planejamento coletivo da escola (micro-planejamentos ou planos de trabalhos) focando os 4 pilares da educação.


2 - Reformulação do currículo escolar, pois o conhecimento deve ser contextualizado e não fragmentado em disciplinas.


3 - Rever os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, visando mudanças de métodos, conteúdos e aprendizagens.


4 - Formação continuada dos professores com ênfase nas novas teorias da aprendizagem, reflexão do fazer pedagógico e a socialização do conhecimento.


5 - Disponibilização de seminários para os pais sobre temas relacionados ao mundo atual e a complexidade que envolve as relações e o desenvolvimento das crianças e jovens.


6 - Construção de espaços que desenvolvam a pesquisa, a reflexão, a autonomia, a interação, a aprendizagem colaborativa, a criatividade como: salas digitais, laboratórios de ciências, matemática, música, teatro, artes plásticas, esporte, etc.


7 - Criação de ações educacionais para fortalecer o vínculo com as famílias e a comunidade escolar, criando espaços para convivência e comunicação entre ambos e a escola.


8 - Questionamento sobre os padrões tradicionais de avaliação e de ensino, buscando novas possibilidades de avaliar e construir aprendizagens.


9 - Incorporação das TICs, a fim de qualificar o trabalho pedagógico e propiciar uma aprendizagem significativa para o aluno, contextualizada no mundo em que estamos inseridos.


10 - Colocar em prática o Projeto Político Pedagógico da escola, que é construído com a participação de toda a comunidade escolar.


11 - Incluir a educação para a ética e os valores da vida.


12 - Envolvimento dos professores no planejamento e discussão da proposta da escola.






No âmbito pessoal e profissional






1- Busca constante de atualização, envolvendo aspectos científicos (domínio das teorias pedagógicas), pedagógicos (práxis) e culturais (conhecimentos acumulados pela humanidade). 2 - Aulas críticas reflexivas que privilegiem o pensar, a prática e a interação.


3 - Conscientização de que o aluno não aprende de forma linear. O professor deve ser capaz de relacionar as informações que os alunos trazem e explorá-las de forma adequada.


4 - Diversificação na metodologia para, que o aluno vivencie diferentes situações de interação consigo e com o outro: trabalhos em grupo, dramatizações, pesquisa, projetos. Buscar subsídios para complementar as aulas.


5 - Mudança de postura: profissionais compartilhando e buscando conhecimentos, com o propósito de estarem atualizados dentro da exigência atual de sociedade, buscando o resgate da valorização.


6 - Domínio das ferramentas tecnológicas, priorizando atualização/formação,, compartilhando e dividindo experiências e aceitando propostas de colegas. Precisamos quebrar paradigmas. Ser os primeiros a colocar em prática as ações propostas de mudança.


7 - Planejamento de atividades considerando os princípios psicológicos que orientam o desenvolvimento do aluno, as características da idade em que se encontram, os interesses, os valores e os objetivos.


8 - Reflexão sobre os métodos de avaliação dando um novo sentido ao processo e abandonando o caráter positivista e classificatório, respeitando as diferenças dos indivíduos e a formação para a cidadania;


9 - Promover um trabalho interdisciplinar, para dar mais significado às informações que são trabalhadas, com o objetivo de consolidar a aprendizagem.


10 - Saber reconhecer e colocar em prática os pilares da educação, produzindo projetos ligados ao tema.


11 - Refletir sobre a prática diária para melhorar e identificar pontos falhos.






Parafraseando Paulo Freire, educar é influenciar um aluno de tal maneira que ele não se deixe influenciar, para isso deve-se quebrar o velho paradigma educacional onde o aluno torna-se um espectador passivo no processo ensino-aprendizagem. Educar é como uma máquina, todas as peças devem estar em perfeitas condições para o seu funcionamento.


A educação precisa ser entendida como um processo de ajuda recíproca de crescimento pessoal dos educandos, com capacidade integral para que possam ser úteis à sociedade que está em constante mudança. Necessita-se de professores que formem a si mesmos e aos outros, para que além de adquirir conhecimentos tomem uma atitude diante da situação injusta do mundo, com atitudes pessoais e sociais com metas mais amplas e solidárias. Cabe ao educador comprometer-se com projetos solidários que atuem com sensibilidade além da escola e família.


Os desafios educacionais são enormes, mas não intransponíveis. Além disso, o desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade da sua educação.


O conhecimento está presente em todos os momentos da vida do ser humano. Jamais deixamos de aprender. E é assim que conhecemos a evolução social, política, cultural e econômica da humanidade. Neste contexto, a educação deve ser vista como um todo. Ela é sempre para o futuro, pois ninguém aprende algo para transformar ou aplicar no passado, mas sim no presente e no futuro. Portanto, esta visão deve orientar as reformas educativas e os programas políticos pedagógicos das escolas.






GRUPO A:


Mediador: Eduardo Quental.


Ivania Salete Mühl Garbossa.

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